domingo, 25 de maio de 2008

1968 no Brasil, por Zuenir Ventura

Em sua obra “1968, O ano que não terminou”, o jornalista Zuenir Ventura relata os acontecimentos daquele ano, que mudariam os rumos da política e da cultura no Brasil. Logo no início do ano, mais precisamente na festa de “Reveillon da Hêlo”, já se via que seria um ano de transformações. Mas ninguém imaginava que o ano de 1968 deixaria extremas conseqüências para o país.

Zuenir deixa claro em seu livro a intensidade da história em que estudantes protestavam para alcançar os seus ideais, e intelectuais e artistas eram censurados e torturados. Conta detalhadamente como funcionava o Partido Comunista Brasileiro, as organizações estudantis, os movimentos intelectuais, o governo militar, não esquecendo nenhum ponto relevante.

Ele reconstitui com nitidez os principais fatos do ano que foram, os manifestos realizados, a morte do estudante Edson Luís, a “Sexta-feira sangrenta”, a Marcha dos 100 mil, a ocupação militar na UNB, o “Para-Sar”, os atentados aos artistas, o XXX Congresso da UNE, a reunião que decidiu pelo novo Ato Institucional. O clímax do livro é quando o jornalista descreve as decisões estabelecidas na reunião direcionada ao AI-5, em que, por voto quase unânime, o AI-5 é aprovado, expondo o emocionante desabafo do presidente Costa e Silva: “Eu confesso que é com verdadeira violência aos meus princípios e idéias que adoto uma atitude como essa”.

O jornalista não conduz os episódios de forma histórica, mas sim de maneira romântica e poética, prendendo a atenção de todos ao desencadeamento da narrativa. É um ótimo livro para jovens que desejarem conhecer um pouco mais da história do país e uma bela recordação para aqueles que viveram naquela época. Afinal, recordar é viver.

Um comentário:

Marianna Rios disse...

amei seu texto de 1968! :D o blog rosa tá um arraso ;) ahaha :*